A Vale (VALE3) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025, registrando um lucro de US$ 1,588 bilhão, uma reversão em relação ao prejuízo de US$ 694 milhões no quarto trimestre de 2024. No entanto, o desempenho ficou 5,4% abaixo do lucro do mesmo período do ano anterior, com receita líquida projetada em US$ 8,03 bilhões, queda de 5% na base anual. O Ebitda manteve-se estável em US$ 3,163 bilhões, refletindo um cenário de desaceleração nas divisões de ferrosos e metais básicos, conforme análise do Itaú BBA.
A produção da Vale caiu tanto na comparação anual quanto trimestral, influenciada por chuvas acima da média e desafios operacionais, como licenciamento e manutenção. Apesar disso, a empresa aumentou seus embarques em 3,6% no ano, graças à estratégia de gestão de estoques. Os preços realizados foram pressionados por prêmios mais baixos para minério de ferro e pelotas, especialmente devido à menor demanda da China por produtos de alta qualidade. Analistas destacaram que a estratégia comercial da Vale, focada em mix de produtos e otimização de portfólio, ajudou a mitigar parte dos impactos.
O BTG Pactual classificou o resultado como “pouco empolgante”, com Ebitda próximo de US$ 3,2 bilhões, e manteve recomendação neutra, citando 2025 como um ano de transição operacional. A Genial Investimentos apontou que fatores exógenos, como clima e logística, influenciaram os números, mas destacou a execução consistente da estratégia da empresa. Apesar dos desafios, a Vale mantém sua meta de produção de minério de ferro para 2025 em cerca de 330 milhões de toneladas, indicando resiliência diante das adversidades.