A Vale reportou um lucro líquido de US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 17% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A diminuição foi impulsionada principalmente pelos preços mais baixos do minério de ferro, que caíram 10% em relação ao ano passado, apesar do aumento nos volumes de vendas e da redução de custos. O Ebitda ajustado ficou em US$ 3,1 bilhões, recuando 9% anualmente, mas em linha com as expectativas do mercado.
Analistas destacaram que os resultados foram neutros, com desempenho positivo na divisão de metais para transição energética, especialmente no cobre, que quase dobrou seu Ebitda. A redução de custos, principalmente no minério de ferro, também foi um ponto forte, com a Vale mantendo sua meta de custo C1 entre US$ 20,50 e US$ 22,00 por tonelada para 2025. No entanto, a geração de caixa recorrente foi modesta (US$ 504 milhões), e a dívida líquida expandida subiu para US$ 18,2 bilhões, refletindo os dividendos pagos no período.
Embora instituições como o Bradesco BBI e a XP Investimentos reconheçam melhorias operacionais e mantenham recomendações de compra, outras, como o BTG Pactual, expressam cautela devido ao cenário macroeconômico desafiador, incluindo a guerra comercial e a volatilidade nos preços do minério de ferro. A expectativa é que a geração de caixa melhore nos próximos trimestres, especialmente com a joint venture Aliança Energia, que deve injetar US$ 1 bilhão até o fim do ano. No geral, o mercado enxerga a Vale com um potencial de valorização limitado, mas com fundamentos sólidos em um ambiente complexo.