No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta segunda-feira (7), o Brasil iniciou a campanha nacional de vacinação contra a gripe, com a meta de imunizar 90% dos grupos prioritários, como crianças, gestantes e idosos. Em 2024, a baixa cobertura vacinal entre idosos—apenas 50,1%—levou a um aumento de 189% nas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e a um salto de 157% nas mortes nessa faixa etária. A infectologista Rosana Richtmann destacou a inversão histórica na adesão à vacina, tradicionalmente maior entre idosos, alertando para os riscos graves do vírus influenza, que pode causar complicações sistêmicas e até fatais.
As vacinas são fundamentais para a longevidade, tendo sido responsáveis por erradicar doenças como a varíola e reduzir drasticamente a incidência de outras infecções ao longo do século XX. No entanto, o sistema imunológico enfrenta desafios modernos, como o envelhecimento biológico acelerado e a inflamação crônica, que comprometem sua eficácia. A médica Andréia Antoniolli, especialista em medicina regenerativa, explica que a imunossenescência—o declínio da função imunológica com a idade—reduz a resposta vacinal, mas terapias com células-tronco e compostos geroprotetores podem reverter esse quadro, rejuvenescendo as defesas do organismo.
A biotecnologia também avança para potencializar as vacinas, com o uso de biomateriais e vetores virais que melhoram a entrega de antígenos e a precisão da resposta imune. Andréia destaca que a medicina regenerativa não só repara células do sistema imunológico, mas também pode reduzir a necessidade de imunizações frequentes no futuro. Manter um sistema imunológico jovem e competente é essencial para prevenir doenças infecciosas, inflamatórias e até câncer, reforçando a importância da vacinação e de estratégias inovadoras para promover a saúde e a longevidade.