Os países da União Europeia estão se unindo para responder às tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos durante o governo anterior, que afetam produtos como aço, alumínio e automóveis. O bloco planeja medidas retaliatórias que podem impactar até US$ 28 bilhões em exportações norte-americanas, alinhando-se com ações já tomadas por China e Canadá. As tarifas atuais atingem cerca de 70% das exportações da UE para os EUA, que somaram 532 bilhões de euros no último ano, exigindo uma estratégia coordenada para proteger os interesses econômicos europeus.
A Comissão Europeia está elaborando uma lista de produtos dos EUA que podem sofrer tarifas adicionais, incluindo carne, cereais, vinho e vestuário. Um dos pontos mais polêmicos é a proposta de taxa de 50% sobre o uísque, que levou a ameaças de retaliação por parte dos EUA. Enquanto isso, líderes europeus discutem as melhores estratégias em uma reunião em Luxemburgo, buscando equilibrar a disposição para negociar com a possibilidade de medidas mais duras caso as conversas não avancem.
Internamente, há divergências entre os membros da UE sobre como proceder, com a França defendendo medidas mais robustas e a Irlanda preferindo cautela. A presidente da Comissão Europeia tem se reunido com setores afetados para avaliar os impactos econômicos. As primeiras contramedidas devem ser votadas em breve, com expectativa de aprovação, aumentando as tensões em um cenário que pode escalar para uma guerra comercial global.