A União Europeia está avaliando a imposição de restrições a algumas exportações para os Estados Unidos como possível medida de retaliação na guerra comercial iniciada pelo governo norte-americano. As medidas, que incluem cotas, licenças ou até proibições totais de certos produtos, seriam adotadas apenas se as negociações entre as partes não avançarem. A UE busca desestimular os EUA, que impuseram tarifas sobre cerca de € 380 bilhões em produtos europeus, mas evita detalhar quais setores seriam afetados.
Entre as opções em estudo, além das restrições às exportações, estão listas adicionais de tarifas e limitações a contratos públicos para empresas americanas. A estratégia visa produtos críticos, difíceis de substituir, seguindo um modelo semelhante ao adotado pela China com terras raras. Até agora, as conversas para reduzir a tensão comercial têm avançado lentamente, com autoridades europeias esperando que a primeira-ministra italiana ajude a esclarecer as intenções dos EUA.
A UE adiou por 90 dias a implementação de contratarifas em resposta às tarifas norte-americanas sobre aço e alumínio, enquanto os EUA reduziram temporariamente uma taxa sobre exportações europeias. No entanto, o bloco já prepara contramedidas caso não haja acordo no prazo estipulado, incluindo a possibilidade de taxar receitas digitais de empresas de tecnologia dos EUA. Qualquer escalada adicional dependerá de decisões políticas das capitais europeias antes de novos planos serem formalizados.