A Comissão Europeia propôs um acordo de tarifas zero para evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos, após os ministros da União Europeia (UE) priorizarem negociações. O bloco enfrenta tarifas de 25% sobre aço, alumínio e automóveis, além de taxas recíprocas de 20% em outros produtos, medidas impostas pelo governo norte-americano. Enquanto a UE prefere resolver o conflito por meio de diálogo, também prepara contramedidas, incluindo tarifas de retaliação de até US$ 28 bilhões sobre importações dos EUA, que devem entrar em vigor em 15 de abril.
Apesar da disposição para negociar, a UE alertou que não esperará indefinidamente por uma solução. O comissário de Comércio do bloco, Maros Sefcovic, afirmou que as discussões com Washington estão em estágio inicial, mas destacou que a UE avançará com medidas para proteger seu mercado. Alguns países, como França e Itália, demonstraram preocupação com possíveis retaliações dos EUA, especialmente sobre setores como vinhos e bebidas alcoólicas.
Além das tarifas imediatas, a UE estuda medidas mais amplas, como o uso do Instrumento Anticoerção, que permitiria restringir serviços ou licitações públicas envolvendo empresas norte-americanas. No entanto, países como Irlanda e Polônia pediram cautela, enfatizando a necessidade de proporcionalidade nas respostas. O bloco mantém todas as opções em aberto, equilibrando entre pressão comercial e a busca por uma solução negociada.