A União Europeia (UE) revisou sua lista de países considerados seguros, incluindo Kosovo, Bangladesh, Colômbia, Egito, Índia, Marrocos e Tunísia. A medida visa acelerar deportações e reduzir pedidos de asilo, já que cidadãos dessas nações terão prioridade menor nos processos. A iniciativa também permite que imigrantes aguardem trâmites em centros fora do bloco, seguindo modelo similar ao acordo entre Itália e Albânia, alvo de críticas judiciais. Kosovo, não reconhecido por cinco membros da UE, e os demais países listados estão entre os que mais solicitaram asilo nos últimos anos.
O comissário europeu para Migração, Magnus Brunner, destacou a necessidade de agilizar decisões devido ao acúmulo de pedidos. A lista, que substitui uma versão abandonada em 2015 por divergências, foi criticada por ONGs como a EuroMed Rights, que alertou para riscos de violações de direitos humanos em alguns países citados. A proposta ainda depende de aprovação do Parlamento Europeu e dos 27 membros do bloco, com possibilidade de adaptações nacionais. França, por exemplo, já inclui Mongólia, Sérvia e Cabo Verde em sua própria relação.
A medida reflete a pressão de governos europeus para reduzir chegadas e simplificar deportações. Em março, a UE propôs reformas no sistema migratório, incluindo centros de acolhimento extracontinentais e reconhecimento mútuo de decisões entre países-membros. A lista será dinâmica, permitindo ajustes conforme mudanças nas condições dos países envolvidos.