A taxa de desemprego no trimestre encerrado em março de 2025 ficou em 7%, segundo o IBGE, marcando o melhor resultado para o período desde o início da série histórica em 2012. Embora o índice tenha subido 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, especialistas destacam que o ajuste sazonal indica estabilidade em torno de 6,5% desde outubro de 2024. O mercado de trabalho mostra sinais de aquecimento, com aumento da população ocupada e da renda real, que cresceu 4% em relação a março do ano anterior, sustentando o consumo das famílias.
Analistas apontam que o desempenho do emprego formal, especialmente no setor privado, tem sido um dos principais motores dessa recuperação, com destaque para a criação de vagas com carteira assinada. Economistas ressaltam que a combinação entre renda em alta e desemprego em patamares historicamente baixos deve impulsionar o PIB no primeiro trimestre de 2025. No entanto, há expectativa de que o ritmo de crescimento desacelere gradualmente ao longo do ano, influenciado por fatores como a inflação de serviços e o fim dos contratos temporários.
Para o segundo semestre, projeções indicam um possível aumento da taxa de desemprego, chegando a 7,2% no final de 2025, ainda assim em um nível considerado baixo. Apesar dos sinais de resiliência, especialistas alertam para uma possível pressão inflacionária prolongada, mantendo os custos do trabalho elevados em vários setores. A XP prevê um crescimento do PIB de 2,3% neste ano, enquanto outras instituições destacam que o mercado de trabalho robusto deve continuar sustentando a atividade econômica, mesmo em um cenário de moderada desaceleração.