Há um ano, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das piores catástrofes naturais de sua história. As chuvas intensas provocaram enchentes que atingiram 478 dos 497 municípios do estado, causando alagamentos, deslizamentos e destruição generalizada. Cidades como Porto Alegre, Canoas e Eldorado do Sul foram algumas das mais afetadas, com milhares de desabrigados e danos materiais que impactaram milhões de gaúchos. O saldo da tragédia foi de 184 mortes e 25 desaparecidos, além de prejuízos econômicos e sociais incalculáveis.
Um ano depois, a reconstrução ainda é um desafio. Muitas famílias continuam sem moradia permanente, com cerca de 400 pessoas vivendo em abrigos públicos. A mobilização nacional de voluntários e doadores foi essencial para a ajuda emergencial, mas a recuperação completa demanda tempo e recursos. Infraestruturas críticas, como rodovias e pontes, foram reconstruídas, mas as cicatrizes emocionais persistem entre os sobreviventes, muitos dos quais ainda temem novos desastres.
O governo estadual anunciou a desativação dos abrigos temporários em maio, com planos de realocar os desabrigados em moradias provisórias. No entanto, a tragédia deixou lições sobre a necessidade de prevenção e preparo para eventos climáticos extremos. Ainda há um longo caminho para restaurar a normalidade, mas a solidariedade e a resiliência dos gaúchos seguem como pilares fundamentais nesse processo.