O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que seu governo está buscando esclarecimentos da China após a captura de dois cidadãos chineses que lutavam com as forças russas na região de Donetsk. Zelenskyy acusou o Kremlin de tentar envolver Pequim no conflito, direta ou indiretamente, e destacou que os dois combatentes são parte de um grupo maior de chineses que atuam como mercenários ao lado da Rússia, junto com recrutas de países como Nepal e nações da Ásia Central. Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA classificou o fato como “perturbador”, reforçando que a China tem sido um grande apoiador da Rússia na guerra.
Enquanto isso, as forças russas intensificaram ataques com drones contra as cidades ucranianas de Dnipro e Kharkiv, causando incêndios e ferindo pelo menos 17 pessoas. Em Donetsk, região central do conflito, um ataque em Kramatorsk atingiu uma área residencial, deixando civis feridos. A Rússia, por sua vez, afirmou estar perto de retomar o controle total da região de Kursk, após expulsar tropas ucranianas de suas últimas posições, embora as autoridades ucranianas não tenham comentado oficialmente as alegações.
Em meio às tensões, o Senado dos EUA confirmou a nomeação de um novo assessor de política do Pentágono, apesar de críticas sobre sua postura em relação à Rússia. Paralelamente, representantes americanos e russos se preparavam para conversas em Istambul sobre a retomada parcial de operações diplomáticas, reduzidas desde o início da invasão da Ucrânia. O diálogo ocorre em um momento de crescentes preocupações internacionais sobre o papel de outros países no conflito.