A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aprovou, nesta sexta-feira (25), uma política de cotas para pessoas trans e travestis em seus 68 cursos de graduação presenciais. Com a decisão, a instituição se torna a terceira universidade pública do estado de São Paulo a adotar esse tipo de ação afirmativa, seguindo os passos da Unifesp e da Unicamp. A UFSCar ainda não divulgou detalhes sobre como será implementado o processo ou quando as vagas reservadas entrarão em vigor.
A aprovação foi unânime no Conselho de Graduação (CoG) e confirmada por aclamação no Conselho Universitário (Consuni). A política foi desenvolvida em colaboração com coletivos de pessoas trans e travestis da universidade, como o GT Cotas Trans, além de setores como o GT Transformar, a Saae e a ProGrad. A iniciativa baseou-se em estudos e diálogos com outras instituições de ensino.
A UFSCar já tem histórico de pioneirismo em políticas inclusivas, sendo uma das primeiras do país a adotar cotas para estudantes de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas. A medida reforça o compromisso da universidade com a diversidade e a equidade, alinhando-se a avanços recentes, como a oferta de tratamento hormonal para pessoas trans no Hospital Universitário da instituição.