A Ucrânia anunciou sanções contra três empresas chinesas nesta sexta-feira, um dia após o presidente Volodymyr Zelenskiy acusar a China de fornecer armas à Rússia. As empresas afetadas, todas registradas na China, foram incluídas em uma lista atualizada de entidades sancionadas, que também inclui companhias russas. As sanções envolvem a proibição de operações no território ucraniano e o congelamento de ativos, embora o governo não tenha detalhado os motivos específicos para as medidas.
O Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou as acusações, classificando-as como infundadas. O país mantém relações econômicas estreitas com a Rússia, mas nega qualquer envolvimento direto no conflito. Em 2021, o comércio bilateral entre Ucrânia e China movimentou cerca de US$ 19 bilhões, com exportações ucranianas concentradas em matérias-primas e agrícolas, enquanto as importações chinesas eram majoritariamente de produtos manufaturados.
Zelenskiy afirmou, sem apresentar provas, que empresas chinesas estariam fornecendo artilharia e pólvora à Rússia, além de produzir armas em território russo. Anteriormente, ele também mencionou a presença de cidadãos chineses lutando ao lado das forças russas, algo que autoridades ucranianas e norte-americanas atribuíram a alistamentos voluntários por motivos financeiros. As alegações aumentam as tensões em um momento já delicado nas relações entre os países.