O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) e a FDA anunciaram planos para eliminar gradualmente corantes artificiais em alimentos até 2027, com foco em produtos populares entre crianças, como cereais, bebidas açucaradas e salgadinhos. A iniciativa visa reduzir riscos associados a hiperatividade, obesidade e possíveis efeitos carcinogênicos, conforme destacado pelo comissário da FDA, Marty Makary. A agência trabalhará com a indústria para substituir seis corantes sintéticos, incluindo Vermelho 40 e Amarelo 5, por alternativas naturais, como extrato de flor de ervilha-borboleta.
Empresas do setor alimentício têm resistido à mudança, argumentando que os corantes são seguros e que a transição para ingredientes naturais pode ser custosa e demorada. No entanto, a pressão de consumidores e reguladores estaduais, como na Virgínia Ocidental e Califórnia, já levou algumas companhias, como PepsiCo e McCormick, a reformular produtos. A International Dairy Foods Association também se comprometeu a remover corantes artificiais de laticínios vendidos em escolas até 2026.
A medida reflete uma agenda mais ampla do governo Biden para combater doenças crônicas, com o secretário do HHS destacando a necessidade de revisar aditivos alimentares. A FDA ainda avalia mudanças nas regras que permitem às empresas autoafirmar a segurança de certos ingredientes. Ativistas celebram a decisão como uma vitória para a saúde pública, enquanto a indústria aguarda orientações claras para adaptar suas cadeias de produção.