O túmulo do papa Francisco foi construído com simplicidade, seguindo sua escolha pessoal, contendo apenas a inscrição “Franciscus” e uma cruz ao centro. No entanto, um detalhe especial destaca suas raízes familiares: a pedra utilizada foi extraída da região da Ligúria, na Itália, terra natal de seu bisavô. Antes de se tornar o primeiro papa a adotar o nome Francisco, ele era Jorge Mario Bergoglio, nascido na Argentina, mas com laços ancestrais na pequena comuna de Cogorno, próxima a Gênova.
Em 2017, Francisco teve um encontro emocionante com parentes distantes em Gênova, incluindo sua prima Angela Sivori, então com 87 anos. O papa expressou alegria ao conhecer os Sivori, tratando-os com afeto como “primos vindos do fim do mundo”, conforme relatado por Cristina Cogorno, filha de Angela. Esse momento reforçou a conexão do pontífice com suas origens italianas, que agora são eternizadas em seu local de descanso final.
As exéquias do papa começaram no sábado (26), com uma missa na Basílica de São Pedro, marcando o início dos nove dias de luto e orações. Seu corpo ficou exposto por três dias para despedidas públicas antes de ser selado em um caixão de madeira e zinco. As celebrações continuarão até 4 de maio, incluindo uma missa especial no domingo (27) na Praça de São Pedro, honrando o legado de um líder que sempre valorizou suas raízes e a construção de pontes entre as pessoas.