A revista Forbes destacou as discussões realizadas durante o One Agro Summit, em Brasília, onde especialistas analisaram os desafios e oportunidades do agronegócio em um cenário global marcado por instabilidade econômica e geopolítica. Steven Hawkins, presidente global da Syngenta, ressaltou a resiliência do setor agrícola, enquanto economistas como Marcos Troyjo e Marcos Jank debateram o impacto das políticas protecionistas de Donald Trump, batizadas de “Trumpulence” — uma mistura de turbulência e o nome do ex-presidente dos EUA. Eles apontaram que, apesar dos ventos contrários, o Brasil pode se beneficiar da demanda crescente por alimentos, especialmente em economias emergentes do chamado E7.
O agronegócio brasileiro é visto como peça-chave para suprir a necessidade global de alimentos, impulsionado por sua capacidade produtiva e avanços em sustentabilidade. Troyjo destacou que o aumento populacional em países como China, Índia e nações africanas exigirá produção eficiente, algo que o Brasil já domina graças a tecnologias como agricultura de precisão e integração lavoura-pecuária-floresta. Jank complementou que o país não só alimenta o mundo, mas também exporta conhecimento em práticas sustentáveis, como rastreabilidade e redução de emissões, tornando-se referência para outros países tropicais.
A Syngenta, uma das líderes em biotecnologia agrícola, reforçou seu compromisso com inovação e eficiência durante o evento, destacando o papel do Brasil como protagonista na produção sustentável. Hawkins enfatizou que o agro global deve aprender com as soluções brasileiras, desde genética animal até controle biológico de pragas. Enquanto o mundo enfrenta incertezas, o Brasil surge como uma potência capaz de equilibrar produtividade e sustentabilidade, aproveitando as oportunidades em meio às turbulências da “Trumpulence”.