A administração Trump anunciou cortes significativos no financiamento de pesquisas em universidades de elite, incluindo Harvard, afetando projetos críticos como estudos sobre tuberculose, viagens espaciais e doenças neurodegenerativas. A imunologista Sarah Fortune foi uma das pesquisadoras que recebeu ordens para interromper seu trabalho, parte de um contrato de US$ 60 milhões com os Institutos Nacionais de Saúde. A Casa Branca justificou as medidas como parte de um esforço para combater o antissemitismo, mas as universidades alegam que as exigências foram ampliadas sem relação clara com o tema.
Além de Harvard, instituições como Princeton, Cornell e a Universidade da Pensilvânia também enfrentaram reduções abruptas em seus orçamentos de pesquisa, muitas vezes sem aviso prévio. Líderes acadêmicos criticaram a falta de transparência e o impacto devastador desses cortes, que podem comprometer avanços científicos e até custar vidas. O presidente de Harvard, Alan M. Garber, defendeu a decisão de resistir às demandas do governo, argumentando que as parcerias entre universidades e agências federais são essenciais para o progresso nacional.
Os cortes já atingiram milhões de dólares em projetos, incluindo pesquisas sobre gênero e sexualidade, e levantaram dúvidas sobre a precisão dos valores divulgados pela administração Trump. Cientistas afetados, como o pesquisador David R. Walt, alertaram para as consequências irreversíveis da interrupção de seus trabalhos. Apesar das incertezas, muitos acadêmicos apoiam a postura das universidades em buscar alternativas de financiamento e manter a independência científica. O conflito entre o governo e as instituições de ensino superior continua, com possíveis desdobramentos legais e impactos de longo prazo na pesquisa nos EUA.