O presidente dos Estados Unidos indicou a possibilidade de impor tarifas adicionais sobre chips de computador e produtos farmacêuticos importados, visando aumentar a produção doméstica desses itens considerados críticos para a segurança nacional. Ao mesmo tempo, sugeriu alívio nas tarifas para peças e veículos automotivos, uma mudança que reflete a complexidade de sua agenda comercial. As medidas, que já impactaram setores como aço e alumínio, buscam incentivar empresas a transferir fábricas para os EUA, mas também geram incertezas no mercado e preocupações entre investidores.
A estratégia inclui o uso da Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio, que permite tarifas com base em questões de segurança nacional. Enquanto algumas empresas, como fabricantes de chips, anunciaram investimentos bilionários nos EUA, críticos questionam a eficácia das tarifas, especialmente diante da concorrência de países que subsidiam fortemente a produção de semicondutores. Além disso, a administração suspendeu temporariamente tarifas globais para negociar com outros países, sinalizando possíveis ajustes futuros.
Apesar dos esforços para fortalecer a indústria nacional, as medidas enfrentam desafios, como a dependência de importações de Taiwan e outros países asiáticos. Enquanto a Casa Branca celebra anúncios de investimentos em tecnologia e inteligência artificial, analistas destacam contradições na política comercial, que pode elevar custos para consumidores e empresas. O cenário revela um equilíbrio delicado entre protecionismo e pragmatismo, com impactos ainda incertos para a economia global.