O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sinalizou que pretende incluir os custos das tropas norte-americanas estacionadas na Coreia do Sul e no Japão nas negociações comerciais com esses países. Em publicações na plataforma Truth Social, Trump afirmou que o compartilhamento de despesas de defesa será parte das discussões, sugerindo que poderia reconsiderar a presença militar caso os aliados não aumentem seus aportes. Ambos os países abrigam dezenas de milhares de soldados dos EUA e dependem de sua proteção nuclear contra ameaças regionais.
Autoridades sul-coreanas afirmaram que, embora não haja uma proposta formal para renegociar o Acordo de Medidas Especiais (SMA), que define o apoio financeiro de Seul às tropas norte-americanas, o governo está se preparando para diferentes cenários. Enquanto isso, o Japão busca manter as discussões sobre defesa separadas das tarifas comerciais, argumentando que são questões distintas. O Pentágono e o Departamento de Estado não comentaram o assunto, deixando a Casa Branca como única interlocutora possível.
Analistas interpretam a estratégia de Trump como uma pressão deliberada para obter vantagens econômicas, reforçando sua visão transacional das alianças militares. Um acordo recente entre Coreia do Sul e o governo Biden, que aumentou em 8,3% a contribuição sul-coreana, parece insuficiente diante das novas exigências. A situação coloca os aliados asiáticos em alerta, enquanto aguardam definições sobre o futuro da presença militar dos EUA na região.