O presidente dos Estados Unidos afirmou que o país iniciará negociações diretas com o Irã sobre seu programa nuclear, alertando que Teerã enfrentará “grande perigo” se as discussões não forem bem-sucedidas. As conversas, marcadas para começar em breve, ocorrerão em alto nível, embora detalhes como local e representantes envolvidos não tenham sido divulgados. O anúncio foi feito durante a visita do primeiro-ministro israelense à Casa Branca, que expressou apoio aos esforços diplomáticos, reiterando o objetivo compartilhado de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares.
O encontro também abordou tensões geopolíticas, incluindo a guerra entre Israel e o Hamas, as relações com a Turquia e as sanções impostas pelo Tribunal Penal Internacional. Enquanto isso, questões comerciais entraram em pauta, com o governo israelense prometendo reduzir o déficit comercial com os EUA. Analistas sugerem que as tarifas americanas podem ser usadas como alavanca para pressionar concessões políticas, como avanços em um possível acordo de normalização com a Arábia Saudita ou medidas para encerrar o conflito em Gaza.
A retirada dos EUA do acordo nuclear de 2015 sob a administração anterior foi mencionada como pano de fundo, com a atual gestão defendendo a busca por um novo pacto “mais forte”. No entanto, as tarifas impostas recentemente a Israel preocupam setores econômicos locais, que preveem perdas bilionárias e impactos em indústrias estratégicas. Especialistas alertam para riscos além do comércio, como a fuga de investidores e danos à imagem do país como polo de inovação.