O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que aguarda uma resposta da China antes que tarifas de mais de 100% entrem em vigor, sugerindo abertura para negociações de última hora. Os mercados globais, que haviam sofrido forte volatilidade nos dias anteriores, mostraram certa estabilização, com índices acionários dos EUA recuperando parte das perdas recentes. Enquanto isso, a China mantém sua postura firme, recusando-se a ceder ao que chama de “chantagem” e prometendo resistir às medidas comerciais americanas.
Dezenas de países estão buscando concessões para evitar as tarifas, com alguns, como Vietnã e Indonésia, já anunciando medidas para reduzir impactos. Empresas, principalmente dos setores de tecnologia e varejo, alertam para possíveis aumentos de preços e ajustes em suas cadeias de produção. O clima de incerteza tem levado consumidores a estocar produtos, enquanto analistas revisam para baixo projeções de crescimento econômico, como no caso da China, que teve sua expectativa de PIB reduzida pelo Citi.
A União Europeia também está em alerta, considerando a imposição de contratarifas sobre produtos norte-americanos, como soja e salsichas, em resposta às medidas de Trump. O bloco, que já enfrenta tarifas sobre automóveis e metais, busca alternativas para proteger sua economia. Enquanto as duas maiores potências comerciais do mundo trocam farpas, o mercado tenta se adaptar a um cenário que pode redefinir as relações econômicas globais.