O governo dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira a isenção de tarifas para produtos eletrônicos como smartphones e laptops, inicialmente interpretada como um alívio para empresas de tecnologia e consumidores. No entanto, no domingo, o presidente Donald Trump esclareceu que a medida é temporária e que os produtos chineses continuarão sujeitos a tarifas, apenas em uma categoria diferente. Ele criticou a China por práticas comerciais desleais e afirmou que os EUA precisam fortalecer sua produção doméstica para reduzir a dependência de nações hostis.
A decisão beneficia empresas como Apple, Nvidia e Dell, que dependem da cadeia de produção chinesa, mas Trump destacou que a mudança faz parte de uma estratégia maior para proteger a segurança nacional. O secretário do comércio, Howard Lutnick, reforçou que a isenção é provisória e que novas tarifas sobre semicondutores devem ser implementadas em breve. Enquanto isso, a China classificou a medida como um “pequeno passo” e pediu que os EUA eliminem completamente as tarifas recíprocas.
Analistas alertam que as tarifas podem aumentar os preços de produtos como o iPhone nos EUA, já que a Apple ainda depende significativamente da China. Para mitigar os impactos, a empresa acelerou importações da Índia, onde as tarifas são menores. O governo americano, no entanto, insiste que a prioridade é relocalizar a produção industrial no país, prometendo cortes de impostos e regulamentações para impulsionar empregos e a economia. A situação reflete a tensão comercial contínua entre as duas maiores economias do mundo.