O governo dos Estados Unidos isentou temporariamente smartphones, laptops e outros produtos eletrônicos das tarifas recíprocas impostas à China e outros países. A medida, anunciada na sexta-feira, beneficia empresas de tecnologia como Apple, Nvidia e Dell, que dependem da cadeia de produção chinesa. No entanto, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, destacou que a isenção é provisória e que os EUA planejam incluir esses produtos em novas tarifas para semicondutores dentro de um ou dois meses, visando fortalecer a produção nacional.
O presidente Donald Trump afirmou em um post no domingo (13) que a isenção não significa liberação das tarifas, mas sim uma reclassificação para outra categoria tributária. Ele criticou a China por práticas comerciais desleais e enfatizou a necessidade de os EUA reduzirem sua dependência de países hostis, incentivando a fabricação local. Trump também acusou a mídia de distorcer a informação e reiterou seu compromisso com cortes de impostos e regulamentações para impulsionar a economia americana.
A decisão pode aliviar o impacto nos consumidores e nas grandes empresas de tecnologia, já que eletrônicos representam uma parcela significativa das importações chinesas para os EUA. Analistas alertam, porém, que a mudança nas tarifas pode levar a aumentos de preços, especialmente para produtos como o iPhone, cuja produção ainda está concentrada na China. Enquanto isso, a Apple já busca alternativas, como acelerar importações da Índia, onde as tarifas são menores, para minimizar os efeitos das novas medidas.