O governo do presidente Donald Trump está avaliando ajustes na proposta de taxação de navios vinculados à China que atracam em portos dos EUA, diante de fortes reações negativas de setores econômicos. Segundo seis fontes, as mudanças em discussão incluem adiar a implementação e criar estruturas de taxas menos onerosas, como valores baseados na tonelagem da carga ou no número de embarcações chinesas por frota. A medida original, que previa taxas de até US$ 3 milhões por escala, foi criticada por riscos de impactos econômicos graves, especialmente em setores como carvão e agricultura.
A proposta inicial do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) visava conter a expansão marítima chinesa e fomentar a indústria naval doméstica, mas enfrentou resistência devido à dependência global de navios ligados à China. Analistas destacam que os setores de contêineres e automóveis seriam os mais afetados, mas toda a cadeia logística sofreria disrupções, já que empresas poderiam realocar rotas para evitar as taxas. Fontes afirmam que o governo busca equilibrar os objetivos estratégicos com os custos para as empresas americanas.
Entre as alternativas em estudo está a cobrança proporcional ao tamanho do navio ou à sua carga, o que beneficiaria embarcações menores e nichos como o transporte de commodities. O USTR havia focado inicialmente em grandes porta-contêineres, sem considerar plenamente os impactos em outros segmentos. A revisão da política reflete a complexidade de impor medidas protecionistas sem prejudicar setores essenciais da economia americana.