O governo Donald Trump acusou a Universidade Harvard de não cumprir requisitos legais sobre doações estrangeiras, exigindo a divulgação de nomes de doadores e registros de comunicação desde 2020. O Departamento de Educação também solicitou informações sobre estudantes e pesquisadores estrangeiros vinculados à instituição desde 2010. Harvard negou as acusações, afirmando que sempre cumpriu as leis de transparência. A demanda, no entanto, representa um desafio logístico, dada a extensa rede de ex-alunos e acadêmicos internacionais associados à universidade.
A pressão faz parte de um esforço mais amplo da Casa Branca para influenciar políticas em universidades de elite, incluindo a ameaça de cortar verbas federais e retirar a isenção fiscal de Harvard. A instituição se recusou a atender às exigências, alegando que isso violaria a liberdade acadêmica. O reitor Alan Garber defendeu que universidades privadas não devem ter seus critérios de admissão, contratação ou pesquisa ditados pelo governo. A postura de Harvard foi elogiada por críticos do governo, incluindo o ex-presidente Barack Obama.
Paralelamente, republicanos no Congresso anunciaram uma investigação sobre a universidade, acusando-a de violar direitos civis e pedindo detalhes sobre programas de diversidade e protestos pró-Palestina no campus. A disputa reflete tensões mais amplas entre o governo e instituições de ensino, com Harvard se tornando um símbolo de resistência às pressões políticas. O desfecho do conflito pode influenciar o futuro do financiamento e da autonomia das universidades nos EUA.