A administração Trump tem considerado diversas propostas para incentivar os americanos a se casarem e terem mais filhos, alinhando-se a uma agenda cultural promovida por aliados conservadores. Entre as ideias discutidas estão destinar 30% das bolsas Fulbright para candidatos casados ou com filhos, oferecer um bônus de US$ 5 mil para mães após o parto e financiar programas que eduquem mulheres sobre fertilidade. Essas medidas refletem a preocupação com a queda nas taxas de natalidade desde 2007, vista como uma ameaça à economia e à estrutura social, e contam com o apoio de figuras como o vice-presidente e empresários influentes.
O movimento pró-natalidade divide-se entre conservadores que defendem a família tradicional e outros que apoiam tecnologias reprodutivas, como a fertilização in vitro (FIV). Enquanto alguns líderes buscam políticas para facilitar o acesso à FIV, grupos conservadores preferem focar em tratamentos naturais para infertilidade, criticando métodos que envolvem a destruição de embriões. A Casa Branca deve publicar em breve um relatório com recomendações sobre o tema, mas as divergências dentro do movimento indicam desafios para a implementação de uma estratégia unificada.
Além das discussões sobre fertilidade, há propostas legislativas para incentivar casamentos e famílias numerosas, como bônus financeiros para novos pais e créditos fiscais progressivos. Apesar do entusiasmo de parte da administração, especialistas destacam a falta de evidências sobre a eficácia dessas políticas e a necessidade de aprovação do Congresso para medidas mais ousadas. Enquanto isso, a ênfase em valores familiares tradicionais e o simbolismo de líderes públicos com filhos grandes reforçam a narrativa de um governo comprometido em reverter a queda demográfica.