O governo dos EUA revisou suas propostas de taxas sobre navios construídos na China, reduzindo o impacto inicialmente planejado após críticas da indústria marítima global. A versão final, publicada pelo Representante Comercial dos EUA (USTR), substitui a ideia de taxas cumulativas por cobranças limitadas a uma vez por viagem, com um máximo de seis vezes ao ano. Além disso, navios vazios que chegam para carregar exportações a granel, como carvão e grãos, foram isentos, assim como frota baseada em porcentagens de construção chinesa, proposta anteriormente.
A medida busca revitalizar a construção naval americana e combater o domínio marítimo chinês, mas enfrentou forte oposição de exportadores, importadores e operadores portuários. Executivos do setor alertaram que as taxas originais poderiam elevar custos para consumidores e tornar as exportações dos EUA menos competitivas. A decisão final ocorre um ano após o início de uma investigação do USTR, que acusou a China de práticas desleais no setor marítimo.
A implementação das taxas começará em seis meses, com valores variando conforme o tipo de navio: graneleiros pagarão por peso da carga, enquanto porta-contêineres terão cobrança baseada no número de caixas. O USTR também marcou uma audiência para maio discutir tarifas adicionais sobre guindastes e equipamentos portuários, setores dominados pela China. A revisão reflete o equilíbrio entre pressões políticas e preocupações econômicas, evitando medidas mais drásticas que poderiam prejudicar a própria indústria americana.