O governo Trump revisou sua proposta de taxar navios construídos na China que operam em portos dos EUA, reduzindo o impacto inicialmente planejado. As taxas, que visavam revitalizar a indústria naval americana e combater a dominância chinesa no setor, foram suavizadas após críticas da indústria global de transporte marítimo. A versão final prevê cobranças limitadas a uma taxa por viagem, com um máximo de seis por ano, e isenções para navios vazios que transportam cargas a granel, como carvão e grãos.
A decisão ocorre após um ano de investigação sobre as práticas comerciais da China no setor marítimo, acusadas de desleais. A revisão do plano foi influenciada por forte oposição de empresas de transporte, operadores portuários e exportadores, que alertaram para os riscos de aumento de custos para consumidores e perda de competitividade das exportações americanas. Navios graneleiros e porta-contêineres terão taxas calculadas com base no peso da carga e no número de contêineres, respectivamente, mas ainda não está claro se os valores serão menores que os propostos inicialmente.
Além disso, o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) marcou uma audiência para discutir tarifas adicionais sobre guindastes e equipamentos portuários fabricados na China, que dominam o mercado global. A medida reflete a continuidade da estratégia de pressionar o país asiático em setores-chave, embora com ajustes para minimizar impactos negativos na economia doméstica. A implementação das taxas sobre navios começará em seis meses, dando tempo para adaptação do setor.