A trombofilia, condição que aumenta a tendência à formação de coágulos, ganhou destaque durante a pandemia de covid-19, mas vai além disso. Pode ser hereditária, como nas mutações do fator V de Leiden e do gene da protrombina, ou adquirida, devido a doenças ou condições autoimunes. Durante a gravidez e no puerpério, o risco de trombose se eleva naturalmente, mas em mulheres com trombofilia, esse perigo é ainda maior, podendo levar a complicações como abortos recorrentes, pré-eclâmpsia e até óbito fetal.
O diagnóstico é feito por exames de sangue, preferencialmente fora da gestação ou sem uso de anticoagulantes, e o tratamento inclui medicamentos como heparina e ácido acetilsalicílico em baixas doses. O acompanhamento deve ser realizado por um obstetra especializado em gestações de alto risco, com monitoramento rigoroso da mãe e do feto. Além disso, é essencial controlar outros fatores de risco, como viagens longas, imobilização e uso de hormônios.
Embora a trombofilia seja uma condição silenciosa, seu manejo adequado permite uma gravidez segura. Diagnóstico precoce, planejamento e tratamento especializado aumentam as chances de sucesso reprodutivo. Com os avanços da medicina e o cuidado correto, mulheres com trombofilia podem realizar a maternidade com saúde e tranquilidade.