Uma troca de prisioneiros entre Rússia e Estados Unidos resultou na libertação de uma mulher com dupla cidadania, detida desde fevereiro de 2024 sob acusação de traição. Ksenia Karelina, que havia sido presa ao visitar familiares na Rússia após doar uma pequena quantia a uma instituição de caridade ucraniana, retornou aos EUA na quinta-feira (10), sendo recebida por seu noivo. Autoridades americanas classificaram o caso como “absolutamente absurdo”, enquanto o governo russo manteve sua posição legal.
A libertação faz parte de um esforço bilateral para reduzir tensões, marcado por outras trocas de alto perfil nos últimos anos. O acordo incluiu a soltura de um indivíduo detido nos Emirados Árabes Unidos, acusado pelos EUA de contrabando de tecnologia sensível. O diretor da CIA destacou o trabalho de agentes para viabilizar a negociação, reforçando a importância de manter canais de comunicação abertos, mesmo em meio a divergências.
O episódio ocorre em um contexto de relações fragilizadas pela guerra na Ucrânia, com ambos os lados buscando gestos de distensão. Enquanto líderes celebraram o desfecho, analistas veem o movimento como um passo cauteloso em um cenário ainda complexo. A família de Karelina expressou alívio, encerrando um período de 15 meses de incerteza.