Uma mulher de dupla nacionalidade russa e americana foi libertada pela Rússia e retornou aos Estados Unidos na quinta-feira (10), como parte de uma troca de prisioneiros entre os dois países. Ksenia Karelina, que havia sido presa em fevereiro de 2024 por suposta traição após doar US$ 52 a uma instituição de caridade ucraniana, foi recebida por seu noivo ao chegar em solo americano. Autoridades dos EUA classificaram o caso como “absolutamente absurdo”, enquanto o governo russo manteve sua posição legal sobre a condenação.
A libertação ocorre em um momento de tensões crescentes entre Moscou e Washington devido à guerra na Ucrânia, mas também reflete esforços recentes para melhorar as relações bilaterais. Esta é a segunda troca de prisioneiros de alto perfil desde que o atual governo americano assumiu, revertendo políticas anteriores de isolamento em relação à Rússia. O presidente destacou a importância do diálogo contínuo, mesmo em meio a desafios significativos na relação entre as duas potências.
Do outro lado do acordo, um cidadão russo foi libertado nos Emirados Árabes Unidos após ser preso no Chipre a pedido dos EUA, acusado de contrabando de microeletrônicos sensíveis. A CIA elogiou o trabalho de seus agentes na negociação e destacou a necessidade de manter canais de comunicação abertos, mesmo em situações de conflito. A troca simboliza um passo raro de cooperação em um cenário geopolítico marcado por divergências profundas.