O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) comunicou a suspensão dos pagamentos a um juiz aposentado que enfrenta acusações de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. O magistrado, que atuou por 23 anos sob um nome fictício, teria criado uma identidade falsa em 1980, descoberta apenas no ano passado quando solicitou uma segunda via do documento. Aposentado desde 2018, ele recebeu mais de R$ 166 mil em vencimentos apenas em fevereiro deste ano, mas, após o início das investigações, não foi localizado no endereço registrado.
As autoridades afirmam que as evidências, incluindo impressões digitais e certidões de nascimento, indicam que o nome alternativo era uma fraude. Em depoimento, o investigado alegou que se tratava de um suposto irmão gêmeo, mas as provas contradizem essa versão. O processo segue em segredo de Justiça, e a decisão de suspender os pagamentos é de natureza administrativa, aguardando o desfecho legal.
O caso levantou preocupações sobre a integridade do sistema judiciário e a possibilidade de fraudes durante os anos em que o magistrado exerceu a função. A Polícia Civil e o Ministério Público continuam monitorando a situação, enquanto o TJSP reforça a necessidade de apuração rigorosa. A reportagem destaca a importância de mecanismos de controle para evitar falhas semelhantes no futuro.