O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) suspendeu as eleições internas do partido Rede Sustentabilidade, marcadas para ocorrer entre 11 e 13 de abril durante o 6º Congresso Nacional da legenda. A decisão, baseada em indefinições sobre a composição do colégio eleitoral, visa evitar um gasto irreversível de R$ 1 milhão em recursos públicos. O processo tramita em segredo de Justiça e atende a um pedido de um candidato à liderança do partido, que alega indícios de irregularidades em conferências estaduais.
A disputa interna envolve duas alas distintas: uma liderada por uma ministra do governo federal, que defende uma linha sustentabilista, e outra representada pela atual porta-voz nacional, que advoga pelo ecossocialismo e tem histórico de críticas ao PT. A porta-voz afirmou que trabalha para reverter a decisão judicial e realizar o congresso neste fim de semana, enquanto seu grupo apoia um nome alternativo para a presidência do partido.
O conflito reflete divergências ideológicas e estratégicas, incluindo a relação com o governo federal. Enquanto uma ala mantém estreitos laços com a atual administração, a outra busca uma postura mais independente, marcada por críticas históricas a políticas petistas. O impasse judicial e político coloca em xeque o futuro imediato da legenda e sua capacidade de resolver as disputas internas de forma transparente.