A Justiça do Peru condenou um ex-presidente a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, após comprovar o recebimento de valores não declarados de empresas brasileiras durante sua campanha eleitoral em 2011. A sentença, resultado de um processo que durou três anos, também incluiu a mesma pena para sua esposa. Os promotores haviam pedido penas maiores, alegando enriquecimento ilícito vinculado a doações de empreiteiras.
O caso está ligado a investigações sobre financiamento irregular de campanhas no país, com destaque para operações envolvendo empresas como a Odebrecht. A decisão pode influenciar processos semelhantes contra outras figuras políticas, incluindo candidatos presidenciais das últimas décadas. O ex-líder negou as acusações, classificando-as como perseguição política.
Esta é a segunda condenação de um ex-presidente peruano relacionada à Lava Jato, seguindo a sentença de outro líder no ano passado. A operação revelou um esquema de propinas em troca de contratos públicos, com executivos admitindo o financiamento de campanhas em diversos países. O condenado cumprirá a pena em uma base policial reservada para ex-chefes de estado.