Representantes da ONU e da Palestina no Tribunal Internacional de Justiça acusaram Israel de violar o direito internacional ao impedir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Durante as audiências, argumentou-se que, como potência ocupante, Israel tem a obrigação de facilitar o acesso a suprimentos essenciais para a população local, que enfrenta escassez crítica de alimentos e medicamentos. O consultor jurídico da ONU destacou que a situação atual exige a permissão para que entidades humanitárias atuem sem restrições na região.
Israel, por sua vez, defendeu-se alegando que a ajuda seria desviada por grupos militantes, e seu ministro das Relações Exteriores criticou o tribunal por, segundo ele, ser politizado. O país condiciona a liberação de suprimentos à libertação de reféns ainda detidos em Gaza. Enquanto isso, autoridades internacionais, incluindo líderes europeus e dos EUA, pressionam por um maior fluxo de assistência ao território palestino.
O tribunal, que deve emitir um parecer consultivo nos próximos meses, analisa as obrigações legais de Israel sob o direito internacional. Embora suas decisões não sejam vinculativas, elas carregam peso político significativo. O caso reflete a complexidade do conflito e os desafios humanitários em Gaza, onde a população sofre com a escassez de recursos básicos.