O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha decidiu, por unanimidade, revogar a sentença que condenava um ex-atleta a 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual. A decisão, divulgada em 28 de março de 2025, considerou que a acusação apresentou deficiências avaliativas, destacando inconsistências no depoimento da denunciante e insuficiência de provas. O tribunal ressaltou que não foi possível comprovar a violação dos padrões exigidos pela presunção de inocência, levando à absolvição e à anulação das medidas cautelares anteriormente impostas.
A defesa da acusadora anunciou que recorrerá da decisão junto ao Tribunal Supremo da Espanha, última instância do país. O recurso será protocolado na segunda-feira (7 de abril de 2025), último dia do prazo legal. A advogada da parte acusadora argumenta que o entendimento do tribunal catalão deve ser contestado, mantendo a busca por uma revisão da sentença.
O caso remonta a dezembro de 2022, quando o ex-atleta foi acusado de agressão sexual em uma boate de Barcelona. Após mais de um ano de prisão preventiva, ele obteve liberdade provisória em 2023 após pagar fiança de 1 milhão de euros. A defesa sempre sustentou a inocência, enquanto a acusação pedia inicialmente 12 anos de prisão sem direito a fiança. A decisão recente reforça a complexidade do caso e a divergência entre as instâncias judiciais.