O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) formou maioria para acatar parcialmente os argumentos da defesa e reverter a inelegibilidade do governador do estado, que havia sido condenado em dezembro por abuso de poder político. A decisão original foi proferida após denúncia de que o palácio do governo foi usado para promover eventos em apoio a um candidato aliado nas eleições municipais de 2024. O relator do caso, no entanto, entendeu que os eventos não influenciaram o pleito, embora tenha reconhecido condutas vedadas por lei, como o uso de servidores públicos.
O recurso analisado pelo TRE-GO foi interposto por um candidato derrotado na disputa pela prefeitura de Goiânia. A sentença inicial não impediu a diplomação e posse dos eleitos, que também recorreram da decisão. Seis dos sete desembargadores já votaram, formando maioria para manter o governador elegível, mas aplicando multas pelos atos considerados irregulares.
A decisão destaca a complexidade do caso, que envolve a interpretação de condutas consideradas abusivas na esfera eleitoral. O tribunal equilibrou a análise entre a falta de impacto comprovado no resultado das eleições e a necessidade de coibir práticas inadequadas. O julgamento segue em andamento, com apenas um voto pendente para encerrar o processo.