O Tribunal Distrital Central da Flórida marcou uma audiência preliminar para a próxima quarta-feira (9 de abril de 2025) a fim de investigar possíveis inconsistências nos registros de imigração de um ex-assessor da Presidência. A ação judicial questiona a precisão dos dados do Departamento de Segurança Interna dos EUA, que inicialmente indicavam uma entrada no país em dezembro de 2022, mas posteriormente foram corrigidos para agosto de 2019. A defesa alega que a informação original pode ter sido adulterada para justificar uma prisão preventiva no Brasil em 2024.
O caso ganhou destaque após divergências entre os registros oficiais e as alegações do ex-assessor, que afirmou nunca ter deixado o Brasil na data em questão. Investigações posteriores, incluindo confirmações de companhias aéreas e operadoras de telefonia, sustentaram sua versão. O ministro do STF responsável pelo caso determinou sua libertação em agosto de 2024, após seis meses de prisão.
A audiência nos EUA busca esclarecer se houve falha ou má-fé no sistema de imigração local, com foco no cumprimento da lei de acesso à informação. O órgão norte-americano retificou os registros, admitindo que o passaporte usado na suposta entrada em 2022 havia sido perdido em 2021. O desfecho do processo pode impactar tanto as investigações no Brasil quanto a transparência de sistemas migratórios internacionais.