O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu uma liminar à Prefeitura de São Paulo, determinando o funcionamento das escolas municipais com pelo menos 70% dos profissionais, após uma greve iniciada na terça-feira (15). A decisão inclui multa diária de R$ 10 mil para cada sindicato envolvido no movimento caso descumpram a ordem. Os professores, no entanto, mantiveram a manifestação na quarta-feira (16), criticando a decisão judicial e alegando que a Prefeitura rompeu o diálogo ao enviar um projeto de lei com reajuste de 2,6% sem negociação prévia.
A greve foi declarada pelos sindicatos após meses de tentativas frustradas de negociação, com pautas como aumento real de 44%, melhores condições de trabalho e revogação de leis que reduzem direitos. Enquanto isso, a Câmara Municipal adiou a votação do projeto da Prefeitura devido à pressão dos manifestantes, marcando nova discussão para a próxima semana. Uma audiência de conciliação virtual foi agendada para o dia 23 de abril, na tentativa de resolver o impasse.
Os profissionais de educação planejam uma nova assembleia e manifestação para a próxima terça-feira (22), reforçando suas demandas por valorização salarial, infraestrutura adequada e fim de terceirizações. A mobilização segue como forma de pressionar tanto o Executivo quanto o Legislativo a reconsiderarem as políticas que, segundo os grevistas, prejudicam a educação pública e os direitos dos trabalhadores.