O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu apurar uma licitação dos Correios que pode custar até R$ 380 milhões por ano. A investigação foi motivada por uma reportagem que revelou que três das quatro agências finalistas têm histórico de envolvimento em escândalos passados. O relator do caso, ministro Jhonatan de Jesus, questionou os critérios adotados pela estatal, que priorizou a “melhor técnica” em vez de considerar também o preço, o que poderia ter gerado ofertas mais vantajosas para os cofres públicos.
A área técnica do TCU identificou possíveis indícios de direcionamento na escolha do critério, já que a justificativa para não incluir o preço na avaliação não foi detalhada nos autos. O deputado estadual que acionou o tribunal alegou quatro irregularidades, incluindo risco de desperdício de recursos públicos e violação de princípios como economicidade e impessoalidade. A licitação ocorre em um momento crítico para os Correios, que acumulam prejuízos bilionários e enfrentam uma grave crise financeira.
Entre as agências finalistas, três têm ligações com casos polêmicos do passado, levantando dúvidas sobre a transparência do processo. O TCU optou por realizar audiências preliminares antes de decidir sobre a suspensão da licitação. Enquanto isso, o certame segue em fase de análise de recursos, com possibilidade de se estender além do previsto. A situação reforça preocupações sobre a gestão de recursos em uma estatal que já enfrenta sérias dificuldades econômicas.