O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quarta-feira (9), o encaminhamento de uma fiscalização sobre a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, para órgãos como o Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União e o Congresso Nacional. A decisão ocorreu após a área técnica do TCU sugerir a abertura de uma nova investigação para apurar, entre outros pontos, a compra de ações pela Previ em 2024. O relator do caso destacou a necessidade de converter o levantamento em uma auditoria de curto prazo, visando avaliar possíveis riscos ao erário.
Entre as preocupações levantadas está a aquisição de ações da Vibra no valor de mais de R$ 1 bilhão, realizada próximo às altas históricas do papel, contrariando a política interna do fundo de reduzir exposição à renda variável. O relator apontou que a decisão parece desalinhada com as diretrizes de investimento, que recomendavam cautela. A auditoria terá como objetivo examinar as motivações e os responsáveis pela operação, considerando o momento considerado desfavorável para esse tipo de aplicação.
O TCU destacou que, embora as conclusões sejam preliminares, há indícios de riscos significativos na gestão de recursos pela Previ, com práticas no mínimo suspeitas. O relator também mencionou a possibilidade de o Banco do Brasil ser impactado por eventuais déficits do fundo. A decisão busca garantir transparência e evitar danos ao patrimônio público, com os resultados sendo acompanhados pelos órgãos competentes.