O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu encaminhar a fiscalização sobre a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, para órgãos como o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União. A medida visa avaliar a governança corporativa da entidade, com foco em possíveis riscos ao erário. O relator destacou a necessidade de uma auditoria de curto prazo para investigar decisões financeiras consideradas suspeitas, incluindo a compra de ações em momentos desfavoráveis.
Entre os pontos analisados está o investimento de mais de R$ 1 bilhão em ações da Vibra, mesmo com a política interna da Previ recomendando redução de exposição à renda variável desde 2021. O relator apontou que as aquisições ocorreram próximas às altas históricas do papel, contrariando princípios básicos de investimento. A auditoria deverá apurar as motivações e responsáveis pelas decisões, que parecem divergir das diretrizes estabelecidas.
O TCU alertou para o risco de o Banco do Brasil ser obrigado a cobrir possíveis déficits da Previ, caso problemas sejam confirmados. Embora as conclusões ainda sejam preliminares, o tribunal identificou práticas preocupantes na gestão de recursos. A investigação deve avançar rapidamente para evitar danos ao patrimônio público e aos beneficiários do fundo.