O Triângulo Mineiro concentra 77,4% das mortes por dengue em Minas Gerais e quase metade dos casos confirmados no estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Até o momento, foram registrados 39.404 casos no estado, sendo 19.199 apenas na região do Triângulo. Uberlândia e Uberaba, as duas maiores cidades da área, decretaram situação de emergência devido ao aumento expressivo de infecções, com oito mortes cada. Outros municípios, como Frutal e Iturama, também registraram óbitos, enquanto Belo Horizonte, a capital, não confirmou nenhuma morte em 2024.
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos, podendo infectar uma pessoa até quatro vezes ao longo da vida. Os sintomas incluem febre alta, dores musculares, manchas vermelhas no corpo e, em casos graves, hemorragias e complicações que exigem internação. O tratamento para casos leves envolve repouso, hidratação e medicamentos como paracetamol, enquanto os sinais de alarme, como vômitos persistentes e dor abdominal intensa, requerem atenção médica imediata.
Para combater a proliferação do mosquito, recomenda-se eliminar criadouros de água parada, como vasos de plantas e pneus velhos. O SUS incorporou a vacina Qdenga, destinada a adolescentes de 10 a 14 anos em municípios com alta transmissão, mas a prevenção ainda depende de medidas individuais, como o uso de repelentes eficazes. Apesar de estudos sugerirem que o Aedes aegypti possa ter preferência por certos tipos sanguíneos, especialistas destacam que fatores como suor e respiração também influenciam a atração do inseto.