Um incêndio em uma embarcação de madeira no rio Congo, na República Democrática do Congo, resultou em mais de 140 mortos e dezenas de feridos. O acidente ocorreu quando uma passageira acendeu brasas para cozinhar a bordo, provocando o fogo que se alastrou rapidamente. A embarcação, que transportava cerca de 500 pessoas, incluindo mulheres e crianças, virou na região noroeste do país, deixando cerca de 100 sobreviventes em abrigos improvisados e outros com queimaduras hospitalizados.
Autoridades locais, como o senador Jean-Paul Boketsu Bofili, relataram que mais de 150 sobreviventes com queimaduras graves ainda aguardam ajuda humanitária. Ele destacou a gravidade da situação, afirmando que os rios, antes fonte de vida, estão se transformando em cemitérios para a população. O incidente expõe a falta de medidas de segurança e a precariedade do transporte fluvial no país.
Acidentes como esse não são raros na República Democrática do Congo, onde embarcações superlotadas e sem fiscalização adequada são comuns. Em 2024, dois outros naufrágios resultaram em mais de 100 mortes, evidenciando a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura e na regulamentação do transporte aquaviário. A tragédia reforça os desafios enfrentados por comunidades que dependem dos rios como principal meio de locomoção.