Uma noite comum na movimentada Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, transformou-se em tragédia quando duas jovens de 18 anos foram atropeladas enquanto atravessavam a faixa de pedestres. O veículo envolvido, um carro com modificações de desempenho, trafegava a mais de 120 km/h em uma via com limite de 60 km/h, conforme apontou análise pericial. As vítimas, cheias de sonhos e planos, morreram no local devido ao impacto violento, levantando questões sobre responsabilidade e impunidade no trânsito.
Investigadores utilizaram tecnologia avançada para reconstituir o acidente, confirmando que o motorista já freava quando atingiu as jovens, mas mesmo assim ultrapassava em mais do que o dobro a velocidade permitida. O histórico do condutor revela múltiplas infrações por excesso de velocidade, com a carteira em processo de suspensão. Há ainda indícios de que ele participava de uma corrida ilegal no momento do ocorrido, agravando a situação.
O caso reacendeu o debate sobre a cultura de impunidade no trânsito brasileiro, onde motoristas reincidentes continuam circulando sem consequências severas. Especialistas destacam que a velocidade excessiva configura dolo eventual, pois o condutor assume o risco de causar mortes. Enquanto a polícia busca evidências de um possível racha, familiares e amigos das vítimas exigem justiça, lembrando que a tragédia poderia ter sido evitada com responsabilidade ao volante.