Um jovem de 27 anos morreu afogado durante um treino de apneia na piscina do Clube Náutico Capibaribe, no Recife, no último domingo (6). Ele praticava mergulho livre, modalidade que depende apenas do ar armazenado nos pulmões, e estava sozinho no momento do acidente. Testemunhas relataram que ele passou mais de 15 minutos submerso antes de ser resgatado por um funcionário, mas não resistiu. A polícia registrou o caso como afogamento, sem conclusões oficiais sobre as causas, embora haja hipóteses de um blackout ou de um trauma ao tentar subir à superfície.
Especialistas destacam a importância de nunca praticar apneia sem acompanhamento, já que o blackout — perda de consciência por falta de oxigênio — não apresenta sinais claros e pode ser fatal sem intervenção imediata. O instrutor Marcello Bahia explicou que, mesmo em piscinas rasas, o risco existe, e que técnicas como hiperventilação podem agravar o perigo. O jovem, recém-aprovado em um concurso para bombeiros, treinava para se destacar na equipe de mergulho, mas realizava os exercícios por conta própria.
A morte reacendeu alertas sobre a segurança em treinos de apneia, especialmente entre iniciantes. O caso também chamou atenção para a necessidade de supervisão qualificada, já que até mergulhadores experientes podem sofrer acidentes. A família do jovem, descrito como dedicado e carinhoso, recebeu apoio das autoridades locais, que lamentaram o ocorrido. O incidente serve como um lembrete trágico das regras básicas da prática: nunca mergulhar sozinho e sempre ter alguém preparado para intervir em emergências.