O funeral do Papa Francisco será marcado por simplicidade, seguindo suas próprias diretrizes. Diferente dos rituais tradicionais, que incluíam três caixões (dois de madeira e um de chumbo), seu corpo será enterrado em um único caixão de madeira revestido de metal. Além disso, o cortejo fúnebre será mais breve, sem passagem pelo Palácio Apostólico, e o corpo não será exposto fora do caixão durante as homenagens públicas. Francisco também escolheu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e não na cripta papal do Vaticano, rompendo com uma tradição secular.
Com a morte do pontífice, entra em vigor o período de “sé vacante”, quando os cargos dos cardeais são extintos até a eleição de um novo papa. O camerlengo, cardeal Kevin Farrell, já cumpriu os primeiros ritos, como a destruição do anel papal – embora Francisco já tivesse renunciado ao tradicional “anel do pescador”. O Vaticano, mesmo movimentado por fiéis, vive um momento de pausa, aguardando o conclave que definirá o próximo líder da Igreja Católica.
A cerimônia de despedida ocorrerá na Praça São Pedro, com uma missa de corpo presente, seguindo o desejo do papa por um ritual mais modesto. A mudança reflete seu estilo de governo, voltado para a humildade e a reforma de costumes. Enquanto isso, especialistas especulam que o próximo pontífice deverá ser europeu e buscará unir diferentes correntes dentro da Igreja, em contraste com o legado polarizador de Francisco.