A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China seguiu com divergências públicas nesta quinta-feira, 24, após declarações contraditórias sobre possíveis negociações. Enquanto o governo chinês afirmou que não há diálogos em curso e que qualquer rumor sobre avanços é infundado, o lado americano sugeriu que conversas estariam ocorrendo, sem fornecer detalhes. O porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, comparou um eventual acordo a “tentar pegar o vento” e reiterou que Pequim só negociará com base no respeito mútuo e em condições equitativas.
Do lado americano, foi mencionada uma reunião com representantes chineses, mas sem especificações sobre participantes ou temas tratados. Enquanto isso, as tarifas impostas por ambos os lados permanecem em vigor, com os EUA cobrando 145% sobre produtos chineses e a China respondendo com taxas de 125% sobre importações americanas. Além disso, Pequim restringiu a exportação de minerais de terras raras e acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra Washington, reforçando a escalada do conflito.
Apesar das tensões, os mercados financeiros reagiram com otimismo, impulsionados pela esperança de um futuro acordo. O Ibovespa atingiu seu maior patamar desde setembro, enquanto os índices S&P 500 e Nasdaq tiveram ganhos expressivos, impulsionados pelo setor de tecnologia. A China, no entanto, deixou claro que qualquer negociação futura dependerá da retirada total das tarifas unilaterais impostas pelos EUA, mantendo sua posição firme, porém aberta ao diálogo.