Desde o início das tensões comerciais em 2018, a China tem diversificado suas parcerias econômicas, reduzindo sua dependência dos Estados Unidos. A escalada de tarifas, que começou com ameaças de impostos de 10% sobre importações chinesas e rapidamente subiu para 104%, foi respondida com medidas similares por Pequim. Além das retaliações financeiras, o conflito também se estendeu para o campo diplomático, com trocas de acusações públicas entre os dois lados.
A estratégia chinesa de ampliar o comércio com outros países demonstra uma tentativa de minimizar os impactos das barreiras impostas pelos EUA. Essa movimentação tem reconfigurado as alianças globais, com nações asiáticas, europeias e latino-americanas assumindo papéis mais destacados no comércio exterior da China. A diversificação de mercados é vista como uma resposta pragmática às incertezas do cenário internacional.
Enquanto isso, a guerra comercial continua a influenciar a economia global, com efeitos em cadeia sobre cadeias de suprimentos e preços de commodities. Apesar das críticas às tarifas, nenhum dos lados parece disposto a ceder, mantendo o impasse. Analistas apontam que, sem diálogo, a situação pode levar a uma fragmentação ainda maior do comércio mundial, com blocos econômicos se consolidando em torno de interesses divergentes.