O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) reforçou, em nota pública, a segurança e a eficácia da tomografia computadorizada (TC) como ferramenta essencial para reduzir taxas de mortalidade e melhorar a expectativa de vida. A entidade destacou que o exame diminui a necessidade de cirurgias invasivas, internações desnecessárias e tempo de hospitalização, respondendo a um estudo recente que sugeriu um possível aumento de riscos de câncer associado à radiação. O CBR esclareceu que a pesquisa se baseou em modelos teóricos controversos, derivados de dados de sobreviventes de bombas atômicas, cujas condições de exposição à radiação são muito diferentes das encontradas em exames médicos.
O CBR ressaltou que o estudo não considerou observações clínicas diretas, mas sim projeções matemáticas, e que a premissa de que qualquer dose de radiação eleva o risco de câncer é debatida na comunidade científica, especialmente em casos de baixas doses repetidas. A entidade também citou o apoio de organizações internacionais, como o Colégio Americano de Radiologia (ACR) e a Associação Americana de Físicos em Medicina (AAPM), que endossam o uso responsável da TC. Além disso, o CBR promove boas práticas por meio de iniciativas como Image Wisely e Image Gently, que orientam profissionais e pacientes sobre a segurança no uso de radiação.
Para garantir ainda mais segurança, o CBR recomenda que pacientes discutam com seus médicos alternativas como ressonância magnética ou ultrassonografia, quando aplicável, e verifiquem a qualidade da infraestrutura onde os exames serão realizados. A entidade enfatizou que, no contexto brasileiro, a falta de acesso à TC representa um risco maior à saúde do que os efeitos teóricos da radiação médica. O CBR permanece comprometido em fornecer informações baseadas em evidências, garantindo diagnósticos seguros e eficazes para a população.