Os preços do tomate e do ovo tiveram aumentos significativos em março, segundo dados do IBGE. O tomate ficou 22% mais caro em relação a fevereiro, acumulando alta de 53% no ano, enquanto o ovo registrou sua quarta alta mensal consecutiva, com aumento de 13% no mês e 31% no acumulado anual. A escassez de oferta e fatores sazonais explicam parte desses reajustes.
No caso do tomate, a redução no plantio devido aos baixos preços pagos aos produtores em 2024, somada à menor produtividade da safra de verão, limitou a disponibilidade do produto. A transição para a safra de inverno, que começa lentamente e com produtividade reduzida em algumas regiões, deve manter os preços elevados até junho. Já os ovos enfrentam pressão pelo aumento do custo do milho, principal componente da ração, e das embalagens, além do impacto das ondas de calor na produção.
A demanda aquecida na Quaresma e o aumento das exportações para os EUA, onde um surto de gripe aviária reduziu a produção local, também contribuíram para a alta. Apesar do crescimento nas vendas externas, as exportações ainda representam apenas 1% da produção nacional, segundo a ABPA, que prevê normalização dos preços após o período religioso.